Conhecido como "Paraíso Selvagem", o  Parque Nacional da Serra do Catimbau, mais conhecido como "Vale do Catimbau",  não decepciona os turistas que forem em busca de beleza e riquezas históricas.  Com mais de 62 mil hectares de extensão, abrangendo os municípios de Buíque,  Ibimirim e Tupanatinga, o parque foi criado por um decreto em 2002 e é o segundo  maior do país, perdendo apenas para a Serra da Capivara, no Piauí.
Rico em diversidade, o parque está  localizado entre o Agreste e o Sertão do Estado, e é possível ver essa diferença  em diversos aspectos da paisagem, inclusive na cor da areia, avermelhada no lado  do Sertão e esbranquiçada no lado do Agreste. No chão, em diversos lugares você  vê pontinhos brilhantes, devido à forte presença de silício no solo.
Por ser uma região de inteira erosão, é  possível encontrar formações rochosas diversas e curiosas. Já foram batizados  como "Morro do Cachorro", "Pedra do Castelo", "Pedra do Vaqueiro", "Camelo",  "Cavalo Marinho", "Pedra da Serpente", "Igrejinha" e muitos outros formatos. São  diversas trilhas que podem nos levar a conhecer os cânions ou cemitérios  indígenas, locais com pintura rupestre, arenitos de diversas cores e tipos, além  de rochas sedimentares formadas há mais de 400 milhões de anos.
Além de serem áreas de extrema  importância biológica, as pinturas rupestres encontradas e os artefatos de  ocupação pré-histórica datam de mais de 6.000 anos. De acordo com Márcio Araújo  ( guia turístico), já foi encontrado um esqueleto em um dos muitos cemitérios  indígenas do local, com datação de 6.640 anos.
A formação rochosa existente no Vale do  Catimbau é a mesma encontrada no continente africano. "Isso nos leva a crer que  essas formações intrigantes têm a ver com a separação dos continentes",  esclarece Márcio. Em um dos sítios arqueológicos mais importantes foram  encontradas pinturas rupestres feitas por grupos étnicos de diferentes épocas,  identificados pela diversidade na técnica e no estilo de pintura.
A associação dos Condutores de Turismo  do Vale do Catimbau foi criada em 2000. Com um curso de formação ministrado em  parceria com o Sebrae, o Ibama e a Prefeitura de Buíque, 12 guias foram munidos  de informações sobre a história e a geologia do local.
Representando os artesãos de Buíque,  temos José Bezerra e Luís Benício. José Bezerra já mandou peças para diversos  Estados do Brasil e até para fora do país. É possível encontrar peças suas em  uma galeria de arte em São Paulo. Já Luís Benício começou a fazer as peças há  cerca de 12 anos. Afirma que hoje já dá para viver de sua arte. Participante  frequente de feiras como a Fenearte, também é bastante conhecido por suas peças.  Os dois artistas recebem encomendas e têm peças expostas em suas residências, no  Vale do Catimbau.
Secretaria de Cultura, Turismo e  Esportes.
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